quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Porque vamos ao Purgatório(A nossa imperfeição)

Não conseguimos confessar TODOS os nossos pecados e quando confessamos, muitas vezes não o fazemos direito, com o coração profundamente contrito como deveríamos e com o firme propósito de não mais cometê-lo (como está escrito no Salmo 50 Miserere).
E ainda se assim o fazemos, não conseguimos ser perfeitos na hora de fazermos nossa penitência. Segundo um sacerdote conhecido, a penitencia imposta pelo sacerdote após a absolvição é suficiente para apagar todas as PENAS dos pecados confessados. O problema é que não fazemos a penitência como deveríamos, com coração contrito, com real desejo de reparar o pecado cometido e o firme propósito de não mais cometê-lo, comodizemosa ao rezar o Ato de Contrição.
Não é Deus quem manda as almas para o purgatório, e sim que as próprias almas por si só vão para lá.
Logo após a morte temos nosso julgamento individual. “Como está determinado que os homens morram uma só vez, e logo em seguida vem o juízo…”(Hb 9,27)
Neste versículo ainda podemos comprovar que o homem só morre uma vez, então não pode voltar para pagar seus pecados e morrer novamente. Logo após a morte já somos julgados. Somos iluminados pela Verdade Eterna e assim nos vemos como realmente somos.




Diante do esplendor maravilhoso de Deus e Sua Perfeição, a alma não consegue chegar perto Dele, nem com uma pequenina manchinha. Ela prefere estar complemente limpa de toda a mancha do pecado diante da Majestade Infinita de Deus.
O que são penas?
Quando pecamos, ofendemos à Deus e nos afastamos Dele. Transgredimos suas leis de amor e salvação. Então vem a culpa. A partir do momento que confessamos com o sacerdote, nossos pecados são perdoados, conforme Jesus mesmo diz : “Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos”.(Jo 20,23)
Mas apesar de sermos perdoados, é preciso reparar, consertar o nosso erro. O pecado foi perdoado, mas as conseqüências (penas) precisam ser reparadas.
Existe uma historinha contada por um sacerdote que exemplifica bem esta situação:
Uma pessoa (pecador) passando pela rua irritado com a vida, joga uma pedra na janela de uma casa( comete um pecado) e quebra a janela. Algum tempo depois ele percebe o que fez e vai falar com o dono da casa(DEUS PAI), pois sentiu o remorso e reconheceu o erro humilhando-se diz ao dono da casa: Olha, fui eu quem quebrou a janela quero pedir-lhe perdão (confissão). O dono da casa, por sua vez, diz: Eu te perdôo, Mas quem vai consertar a janela? (a reparação).
Vejam, o pecado foi perdoado, mas mesmo assim temos que “consertar a janela”, temos que reparar o nosso erro para que as penas sejam apagadas.
Se eu não conserto a “janela”, ela continua quebrada e a conseqüência do meu pecado continua existindo.
Logo após a Confissão, temos a penitência imposta pelo sacerdote (1 Ave-maria, 1 terço, 5 Pai Nosso, doar uma cesta básica para uma família necessitada, etc.) .
Como nos alertou aquele sacerdote amigo, muitas vezes não conseguimos apagar todas as nossas penas por não fazer a penitência corretamente e por desperdiçarmos os infinitos tesouros que nossa querida Mãe Igreja nos concede. – AS INDULGÊNCIAS.
Quanto mais boas obras praticarmos, mais apagaremos nossas penas. E disso depende do nosso coração na hora que estamos praticando as boas obras ou rezando. Destas a caridade é a que mais apaga as penas, pois a caridade é o amor que demonstramos a Deus e a nossos irmãos. Nosso Pai que está no Céu, é o Próprio AMOR e só nos pede AMOR.
Como diz o Apóstolo São Paulo: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade (amor), estes três; mas o maior destes é a caridade (amor).” (ICor13,13)
E ainda São Pedro nos diz:
” Mas já está próximo o fim de todas as coisas; portanto sede prudentes e vigiai em oração;
Antes de tudo, mantende entre vós uma ARDENTE CARIDADE, PORQUE A CARIDADE COBRE UMA MULTIDÃO DE PECADOS” (I Pd 4,7-8)
Apagar as penas, seria satisfazer por completo a DIVINA JUSTIÇA de DEUS pelos dos pecados já confessados, não teremos que responder mais por eles no momento do julgamento.

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