segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Quem é São Judas Tadeu?

São Judas Tadeu
 
São Judas Tadeu, um dos santos mais populares da Santa Igreja, é invocado como o santo dos desesperados e aflitos, o santo das causas sem solução
e das causas perdidas
 
São Judas Tadeu, nasceu em Caná da Galiléia, Palestina, filho de Alfeu (ou Cleofas) e Maria Cleofas. Seu pai, Alfeu, era irmão de Sao Judas Tadeu_Lima Peru.JPGSão José e sua mãe prima-irmã de Maria Santíssima. Portanto, São Judas Tadeu era primo-irmão de
Jesus, tanto pela parte do pai como da mãe. Alfeu (Cleofas) era um dos discípulos a quem Jesus apareceu no caminho de Emaús, no dia da ressurreição. Maria Cleofas, era uma das piedosas mulheres que tinham seguido a Jesus desde a Galiléia e que permaneceram ao pé da cruz, no Calvário, junto com Maria Santíssima.
São Judas Tadeu tinha quatro irmãos: Tiago, José, Simão e Maria Salomé. Um deles, Tiago, também foi chamado por Jesus para ser apóstolo. O relacionamento da família de São Judas Tadeu com o próprio Nosso Senhor Jesus Cristo, pelo que se consegue perceber nas Sagradas Escrituras é o seguinte:
Dos irmãos dele, Tiago foi um dos doze apóstolos e tornou-se o primeiro bispo de Jerusalém. De José, sabe-se que era conhecido como o Justo. Simão, outro irmão de São Judas foi o segundo bispo de Jerusalém, sucessor de Tiago.
Maria Salomé, sua única irmã, era mãe dos apóstolos São Tiago Maior e São João Evangelista. Ele era chamado de Tiago Menor para diferenciar de outro apóstolo, São Tiago, que, por ser mais velho, era chamado de Maior.
É de se supor que houve muita convivência de São Judas Tadeu com seu primo Jesus e seus tios, Maria e José. Foi certamente essa fraterna convivência, além do parentesco muito próximo, que levou São Marcos (Mc 6,3) a citar São Judas Tadeu e seus irmãos como sendo os "irmãos" de Jesus.
Citações na Bíblia
A Bíblia trata pouco de São Judas Tadeu. Ela aponta, no entanto, um fato muito importante: ele foi escolhido a dedo, por Jesus, para ser um dos apóstolos. Quando os evangelhos nomeiam os doze discípulos escolhidos, sempre aparecem os nomes Judas ou Tadeu na relação dos apóstolos.
O nome de Judas aparece também nos Atos dos Apóstolos (At 1,13). Além dessas citações, seu sobrinho São João Evangelista (Jo 14,22) o nomeia entre os participantes do colégio apostólico que estavam no episódio da Santa Ceia, na quinta-feira santa.
Foi nesta oportunidade que, quando Jesus confidenciava aos apóstolos as maravilhas do amor do Pai e lhes garantia especial manifestação de si próprio, que São Judas Tadeu não se conteve e perguntou: "Mestre, por que razão hás de manifestar-te só a nós e não ao mundo?" E foi, então, que Jesus lhe respondeu afirmando que haveria manifestações d'Ele a todos os que guardassem sua palavra e permanecessem fiéis a seu amor.
Nesse fato da Última Ceia, São Judas Tadeu demonstra sua generosa compaixão para com todos os homens.
A vida de São Judas Tadeu
Depois que os Apóstolos receberam o Espírito Santo, no Cenáculo em Jerusalém, a Igreja de Deus expandiu-se: iniciou-se a evangelização dos povos. São Judas Tadeu iniciou sua pregação na Galiléia. Depois viajou para a Samaria e outras populações judaicas.  Ele tomou parte do primeiro Concílio de Jerusalém que foi realizado no Ano 50.
Mais tarde evangelizou a Síria, a Armênia e a Mesopotâmia (atual Irã), onde ganhou a companhia de outro apóstolo, Simão, o "zelote", que já evangelizava o Egito. A pregação e o testemunho de São Judas Tadeu, foi realizada de modo enérgico e vigoroso. Ele atraiu e cativou os pagãos e povos de outras religiões que, então, se converteram em grande número ao cristianismo.
Sua adesão a Nosso Senhor Jesus Cristo era completa e incondicional. Disso ele deu testemunho com a doação da própria vida. Este glorioso Apóstolo de Jesus dedicou sua vida à evangelização. Foi incansável nesta tarefa, pregando o evangelho e convertendoSão Judas Tadeu - Basilica N.Sra das Angustias - Granada - ES.jpg muitas almas. Os pagãos, inconformados, começaram a colocar o povo contra ele. São Judas Tadeu e São Simão foram presos e levados ao templo do sol. Ali recusaram-se a renegar a Jesus Cristo e prestar culto à deusa Diana.
Foi nessa ocasião que São Judas disse ao povo: "Para que fiqueis sabendo que estes ídolos que vós adorais são falsos, deles sairão os demônios e os hão de quebrar". No mesmo instante, dois demônios hediondos quebraram todo o templo e desapareceram. Indignado, o povo, incitado pelos sacerdotes pagãos, atirou-se contra os apóstolos furiosamente. São Judas Tadeu foi trucidado por sacerdotes pagãos de modo cruel, violento e desumano.
Apóstolo e mártir, São Judas é representado em suas imagens segurando um livro, que simboliza a palavra de Deus que ele anunciou, e uma alabarda, uma espécie de machado, que foi o instrumento utilizado em seu martírio. Suas relíquias atualmente são veneradas na Basílica de São Pedro, em Roma. Sua festa litúrgica é celebrada em 28 de outubro, provável data de seu martírio acontecido no ano 70.
No Brasil, a devoção a São Judas Tadeu é relativamente recente. Ela surgiu no início do século XX, alcançando logo uma grande popularidade. Ele é invocado como o santo dos desesperados e aflitos, o santo das causas sem solução, das causas perdidas.
Epístola de São Judas Tadeu
Segundo a tradição eclesiástica, São Judas Tadeu é apontado, como sendo o autor da epístola canônica que traz seu nome. Tudo indica que essa carta foi dirigida aos judeus cristãos da Palestina, pouco depois da destruição da cidade de Jerusalém, quando a maioria dos Apóstolos já havia falecido. O breve escrito de São Judas Tadeu é uma severa advertência contra os falsos mestres e um convite a manter a pureza da fé.
Percebe-se que "A carta de São Judas" foi escrita por um homem apaixonado e preocupado com a pureza da fé e a boa reputação do povo cristão. O escritor afirma ter querido escrever uma carta diferente, mas ouvindo os pontos de vista errados de falsos professores da comunidade cristã urgentemente escreveu esta carta para alertar a Igreja a acautelar-se contra eles.
A Epístola
1 Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago, aos eleitos bem-amados em Deus Pai e reservados para Jesus Cristo.
2 Que a misericórdia, a paz e o amor se realizem em vós copiosamente.
3 Caríssimos, estando eu muito preocupado em vos escrever a respeito da nossa comum salvação, senti a necessidade de dirigir-vos esta carta para exortar-vos a pelejar pela fé, confiada de uma vez para sempre aos santos.
4 Pois certos homens ímpios se introduziram furtivamente entre nós, os quais desde muito tempo estão destinados para este julgamento; eles transformam em dissolução a graça de nosso Deus e negam Jesus Cristo, nosso único Mestre e Senhor.
5 Quisera trazer-vos à memória, embora saibais todas estas coisas: o Senhor, depois de ter salvo o povo da terra do Egito, fez em seguida perecer os incrédulos.
6 Os anjos que não tinham guardado a dignidade de sua classe, mas abandonado os seus tronos, ele os guardou com laços eternos nas trevas para o julgamento do Grande Dia.
7 Da mesma forma Sodoma, Gomorra e as cidades circunvizinhas, que praticaram as mesmas impurezas e se entregaram a vícios contra a natureza, jazem lá como exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno.
8 Assim também estes homens, em seu louco desvario, contaminam igualmente a carne, desprezam a soberania e maldizem as glórias.
9 Ora, quando o arcanjo Miguel discutia com o demônio e lhe disputava o corpo de Moisés, não ousou fulminar contra ele uma sentença de execração, mas disse somente: Que o próprio Senhor te repreenda!
10 Estes, porém, falam mal do que ignoram. Encontram eles a sua perdição naquilo que não conhecem, senão de um modo natural, à maneira dos animais destituídos de razão.
11 Ai deles, porque andaram pelo caminho de Caim, e por amor do lucro caíram no erro de Balaão e pereceram na revolta de Coré.
12 Esses fazem escândalos nos vossos ágapes. Banqueteiam-se convosco despudoradamente e se saciam a si mesmos. São nuvens sem água, que os ventos levam! Árvores de fim de outono, sem fruto, duas vezes mortas, desarraigadas!
13 Ondas furiosas do mar, que arrojam as espumas da sua torpeza! Estrelas errantes, para as quais está reservada a escuridão das trevas para toda a eternidade!
14 Também Henoc, que foi o oitavo patriarca depois de Adão, profetizou a respeito deles, dizendo: Eis que veio o Senhor entre milhares de seus santos
15 para julgar a todos e confundir a todos os ímpios por causa das obras de impiedade que praticaram, e por causa de todas as palavras injuriosas que eles, ímpios, têm proferido contra Deus.
16 Estes são murmuradores descontentes, homens que vivem segundo as suas paixões, cuja boca profere palavras soberbas e que admiram os demais por interesse.
17 Mas vós, caríssimos, lembrai-vos das palavras que vos foram preditas pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo, 18 os quais vos diziam: No fim dos tempos virão impostores, que viverão segundo as suas ímpias paixões;
19 homens que semeiam a discórdia, homens sensuais que não têm o Espírito.
20 Mas vós, caríssimos, edificai-vos mutuamente sobre o fundamento da vossa santíssima fé. Orai no Espírito Santo.
21 Conservai-vos no amor de Deus, aguardando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para a vida eterna.
22 Para com uns exercei a vossa misericórdia, repreendendo-os,
23 e salvai-os, arrebatando-os do fogo. Dos demais tende compaixão, repassada de temor, detestando até a túnica manchada pela carne.
24 Àquele, que é poderoso para nos preservar de toda queda e nos apresentar diante de sua glória, imaculados e cheios de alegria,
25 ao Deus único, Salvador nosso, por Jesus Cristo, Senhor nosso, sejam dadas glória, magnificência, império e poder desde antes de todos os tempos, agora e para sempre. Amém. 

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Começou o Perdão de Assis

Boa tarde,
Salve Maria e Viva Cristo Rei!

Ao meio dia de hoje, 1 de agosto, começou o "Perdão de Assis", que se estenderá até o entardecer do dia 02 de agosto.
Abaixo o relato do acontecido e as Indulgências da Porciúncula  estendidas à humanidade inteira.
 
Certa noite do mês de Julho de 1216, como acontecia em tantas outras noites, na silenciosa solidão da pequena Igreja da Porciúncula, São Francisco ajoelhado, estava profundamente mergulhado nas suas orações, quando de súbito, uma luz vivíssima e fulgurante encheu todo o recinto e no meio dela, apareceu Jesus ao lado da Virgem Maria sorridente, sentados num trono e circundados por diversos Anjos. 
 
Jesus perguntou-lhe:“Qual o melhor auxílio que desejarias receber, para conseguir a salvação eterna da Humanidade?”
 
Sem hesitar Francisco respondeu: “Senhor Jesus, peço-Vos que, a todos os arrependidos e confessados, que visitarem esta Igreja, lhes concedais um amplo e generoso perdão, uma completa remissão de todas as suas culpas.”
 
“O que pedes Francisco, é um benefício muito grande,”disse-lhe o Senhor, “muito embora sejas digno e merecedor de muitas coisas. Assim, acolho o teu pedido, com uma condição, deverás solicitar essa indulgência ao meu Vigário na Terra.”
 
No dia seguinte, bem cedinho, Francisco acompanhado de Frei Masseu, seguiu para Perúgia, a fim de se encontrar com o Papa Honório III. Chegando disse-lhe:“Santo Padre, há algum tempo, com o auxílio de Deus, restaurei uma Igreja em honra a Santa Maria dos Anjos. Venho pedir a Vossa Santidade que concedais, nesta Igreja uma indulgência a quantos a visitarem, sem a obrigação de oferecerem qualquer coisa em pagamento (naquela época, toda indulgência concedida a uma pessoa, estava ligada à obrigação dessa pessoa fazer uma oferta), a partir do dia da dedicação da mesma.”
 
O Papa ficou surpreendido e comoveu-se com o tal pedido. Depois perguntou: “Por quantos anos pedes esta indulgência?”
 
“Santo Padre, não peço anos, mas penso em muitos homens e mulheres que precisam sentir o perdão de Deus”, respondeu Francisco.
 
“Que pretendes, em concreto, dizer com isto?” retorquiu o Papa.
 
“Se aprouver a Vossa Santidade, gostava que todas as pessoas que venham a visitar a Porciúncula, contritos de seus pecados, em “estado de graça”, confessado e tendo recebido a absolvição sacramental, obtenham a remissão de todos os seus pecados, na pena e na culpa, no Céu e na Terra, desde o dia de seu batismo até ao dia em que entre na Porciúncula.”
 
“Mas não é um costume a Cúria Romana conceder tal indulgência!"
 
“Senhor, disse o “Poverello”, este pedido não o faço por mim, mas por ordem de Cristo, da parte de quem estou aqui.”
 
Ouvindo isto o Papa cheio de amor repetiu três vezes:“Em nome de Deus, Francisco, concedo-te a indulgência que em nome de Cristo me pedes.”
 
Tendo alguns Cardeais, ali presentes, manifestado algum desacordo, o Papa reafirmou: “Já concedi a indulgência. Todo aquele que entrar na Igreja de Santa Maria dos Anjos da Porciúncula, sinceramente arrependido das suas faltas e confessado, seja absolvido de toda pena e de toda culpa. Esta indulgência valerá somente durante um dia, em cada ano, “in perpetuo”, desde as primeiras vésperas, incluída a noite, até às vésperas do dia seguinte.”
 
A “consagração” da Igrejinha aconteceu no dia 2 de Agosto do mesmo ano de 1216.
 
A Indulgência da Porciúncula somente era concedida a quem visitasse a Igreja de Santa Maria dos Anjos, entre a tarde do dia 1 Agosto e o pôr-do-sol do dia 2 Agosto. Em 9 de Julho de 1910, o Papa Pio X concedeu autorização aos Bispos de todo o mundo, só naquele ano de 1910, para que designassem qualquer Igreja Pública das suas Dioceses, a fim de que também nelas, as pessoas recebessem a Indulgência da Porciúncula. (Acta Apostolicae Sedis, II, 1910, 443 sq.; Acta Ord. Frat. Min., XXIX, 1910, 226). Este privilégio foi renovado por um tempo indefinido por decreto da Sagrada Congregação de Indulgências, em 26 março de 1911 (Acta Apostolicae Sedis, III, 1911, 233-4).Significa que, atualmente, qualquer Igreja Católica de qualquer país, tem o benefício da Indulgência que São Francisco conseguiu de Jesus para toda humanidade. Assim ganharão a Indulgência, todas as pessoas que estando em "estado de graça", visitarem uma Igreja nos dias mencionados, rezarem um Credo, um Pai-Nosso e um Glória, suplicando ao Criador o benefício da indulgência, e rezando também, um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e um Glória, pelas intenções do Santo Padre. Poderão utilizar a Indulgência em seu próprio benefício, ou em favor de pessoas falecidas ou daquelas que necessitam de serem ajudadas na conversão do coração.
 
Por outro lado, a Indulgência é "toties quoties", quer dizer, pode ser recebida tantas vezes quantas a pessoa desejar, isto é, em cada ano, fazendo visitas a diversas Igrejas das 12 horas do dia 1 de Agosto até o entardecer do dia 2 de Agosto.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

JMJ 2013 em imagens (III)

Para descontrair...


Papa Francisco realiza agora o seu primeiro milagre em vida: fez com que Pe. Fábio de Melo se apresentasse a um grande público usando o clergyman.

JMJ em imagens (II)

Confissões no JMJ 2013
 
Confissão ou Penitência é o Sacramento instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo, para que os cristãos possam ser perdoados de seus pecados e receberem a graça santificante. Também é chamado de sacramento da Reconciliação.
 
 
Ego te absolvo a peccatis tuis

JMJ 2013 em imagens

Boa tarde amigos,
Salve Maria!

Segue uma série de fotos do JMJ tirada por peregrinos e blogs católicos.

Papa Francisco - Aparecida do Norte







 
 




 

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Martírio - Padre François Murad é decapitado por rebeldes na Síria

Em nota reproduzida pela ACI Digital (a partir de comunicado da Custódia da Terra Santa) e confirmado por este que escreve, ao assistir ao vídeo postado no site LiveLeak: foi por morto por degola, no dia 23 de junho, o padre sírio-católico François Murad, na cidade de Gassanieh, ao norte do país.
“Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos” (Evangelho de São Mateus, cap. 10, vers. 16).

Padre Murad, de batina, antes de ser decapitado.
Padre Murad, de batina, antes de ser decapitado



Padre Murad era responsável pela construção do mosteiro (cenobítico) de São Simeão Estilita (O “Antigo”), o qual foi atacado pela milícia muçulmana Jahbat al-Nusra. Posteriormente, se refugiou no Convento de Santo Antônio de Pádua das Irmãs do Santo Rosário, ainda em Gassanieh, a quem passou a prestar apoio. Por isso era próximo aos frades (franciscanos) da Custódia da Terra Santa.
 
O padre, juntamente com um fiel leigo, foram acusados pelo “tribunal” (sic!) dessa milícia de colaboração com o presidente sírio, Bashar al-Assad. A sentença foi a degola de ambos.
 
Padre Murad, durante todo o tempo, permanece ajoelhado, quase em prostração. Mãos postas, cabeça baixa, possivelmente rezando e se entregando a Nosso Senhor. Usa a batina preta, tradicional para o dia-a-dia: distingue-se do homem comum e distingue-se como servo do único verdadeiro Deus, o Deus da Trindade.
 
Não oferece resistência e sua agonia – sob os gritos selvagens dos rebeldes muçulmanos –  rapidamente (não mais que um minuto) termina. Deus lhe permita a glória dos mártires, junto a Santo Ignácio de Antioquia e a Santo Estevão Apóstolo.
 
No mundo moderno ocidental pensa-se: “A Síria é muito distante para que seja objeto de preocupação. Afinal, já não bastam os problemas que temos aqui?”.
Infelizmente essa realidade de pensamento é mais forte do que a recomendação de Nosso Senhor: a de que rezássemos uns pelos outros.
 
Silenciosa e novamente, mais do que a “objetividade prática” deste mundo é capaz de supor, permita assim Nosso Senhor e Salvador: se o solo daquelas bandas recebe novamente sangue, que seja este sangue testemunho e semente da verdadeira Fé, exemplo para todo o mundo.
Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus, Perpétuo Socorro do Cristãos, rogai por estes filhos teus, nós vos pedimos.
 
Kyrie Eleison, Kyrie Eleison, Kyrie Eleison.


Fonte: http://fratresinunum.com/2013/07/02/perseguicao-na-siria-padre-francois-murad-martir/

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Sequência de Corpus Christi - Adoro Te Devote (Ano de 1264)

 
 
Mais do que a Encarnação ou a morte na Cruz, o amor de Deus para com os homens manifestado na Eucaristia ultrapassa nossa capacidade de compreensão. 
 
Sempre que escuto este hino, penso na genialidade e devoção que São Tomas de Aquino tinha pela Eucaristia. Após 750 anos, não conheço outro hino que demonstra tanto amor pela Eucaristia do que este que vamos ler.
Corria o ano de 1264. O Papa Urbano IV mandara convocar uma seleta assembleia que reunia os mais famosos mestres de Teologia daquele tempo. Entre eles encontravam-se dois varões conhecidos não só pelo brilho da inteligência e pureza da doutrina, mas, sobretudo, pela heroicidade de suas virtudes: São Tomás de Aquino e São Boaventura.
A razão da convocatória relacionava- se com uma recente bula Pontifícia instituindo uma festa anual em honra do Santíssimo Corpo de Cristo. Para o máximo esplendor desta comemoração, desejava Urbano IV que fosse composto um Ofício, bem como o próprio da Missa a ser cantada naquela solenidade. Assim, solicitou de cada um daqueles doutos personagens uma composição a ser-lhe apresentada dentro de alguns dias, a fim de ser escolhida a melhor.
Célebre tornou-se o episódio ocorrido durante a sessão. O primeiro a expor foi Frei Tomás. Serena e calmamente, desenrolou um pergaminho e os circunstantes ouviram a declamação pausada da Sequência por ele composta:
 
Eu te adoro com afeto, Deus oculto,
que te escondes nestas aparências.
A ti sujeita-se o meu coração por inteiro
e desfalece ao te contemplar.
 
A vista, o tato e o gosto não te alcançam,
mas só com o ouvir-te firmemente creio.
Creio em tudo o que disse o Filho de Deus,
nada mais verdadeiro do que esta Palavra da Verdade.
 
Na cruz estava oculta somente a tua divindade,
mas aqui se esconde também a humanidade.
Eu, porém, crendo e confessando ambas,
peço-te o que pediu o ladrão arrependido.
 
Tal como Tomé, também eu não vejo as tuas chagas,
mas confesso, Senhor, que és o meu Deus;
faz-me crer sempre mais em ti,
esperar em ti, amar-te.
 
Ó memorial da morte do Senhor,
pão vivo que dás vida ao homem,
faz que meu pensamento sempre de ti viva,
e que sempre lhe seja doce este saber.
 
Senhor Jesus, terno pelicano,
lava-me a mim, imundo, com teu sangue,
do qual uma só gota já pode salvar
o mundo de todos os pecados.
 
Jesus, a quem agora vejo sob véus,
peço-te que se cumpra o que mais anseio:
que vendo o teu rosto descoberto,
seja eu feliz contemplando a tua glória.
 
Frei Boaventura, rasgou sem vacilações sua composição, e os demais o imitaram, rendendo tributo ao gênio e à piedade do Frei Aquino.
 

quinta-feira, 28 de março de 2013

Sexta-feira da Paixão "Improperium"

 
Nesse dia em que não se celebra missa, tem-se a adoração à Santa Cruz. Tradicionalmente, durante a adoração cantam-se os chamados "impropérios". A palavra "improperia" quer dizer repreensões, reprimendas. É Jesus quem exorta os homens pela falta de amor.
 
A parte mais importante é o chamado Trisagion, ou seja, a tripla invocação de Deus: "Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal". Esta antífona é por muitos conhecida, pois faz parte do terço da Divina Misericórdia, de Santa Faustina Kowalska, porém, ela é muito mais antiga. Provavelmente remonta à antiguidade da Igreja, quiçá, à Era Apostólica.
 
 
 
O Trisagion, interessante frisar, está ligado à Paixão de Cristo desde o início. Existe uma tradição da Igreja Copta (da Etiópia), que afirma ter sido este hino composto por Nicodemos, o qual juntamente como José de Arimateia, enterrou o Senhor (conf. Jo 19,39) e, assim, nesse momento, olhando para o corpo de Jesus Cristo, ele teria dito "Santo Deus, Santo Forte, Santo Imortal, tende piedade de nós".
 
Esta tripla invocação é a resposta do povo aos impropérios, mas o que eles são? Os "improperium" estão presentes na liturgia desde o nono século e consistem no mistério do povo judeu que rejeitou o Cristo. A Igreja, com isso, não está condenando o povo judeu, pelo contrário, ela diz que a humanidade toda rejeitou Jesus. E, então, Ele pergunta: "Popule meus, quid feci tibi? Responde mihi." (Povo meu, que te fiz Eu, em que te contristei? Responda-me). É o Cristo que reclama. "Eu te dei o amor e recebi de volta o desamor", este é o mistério que se celebra na Sexta-feira Santa.
 
Da mesma forma que os impropérios são uma anamnese do caminho percorrido pelo povo eleito, toda a humanidade é convidada a fazer também a anamnese da própria vida, ou seja, a fazer a recordação da própria existência, vendo o quanto Deus cuidou de cada um desde a mais tenra idade.
 
O conteúdo dos "impropérios" leva à reflexão. Propicia o vislumbre da própria ingratidão para com Deus. Se o católico tem como centro da vida a ação de graças. A Sexta-feira Santa é o dia em que não se celebra a Eucaristia - ação de graças, por excelência - porque é o dia da ingratidão. Deus mostra de maneira inequívoca, pelas reprimendas, como a humanidade é ingrata. E, o que se pode responder diante disso? Pode-se confessar a fé, pode-se reconhecer que Deus é Santo, Deus é Forte, Deus é Imortal, enquanto cada um nada mais é do que pecador, fraco e mortal.

Quinta-feira Santa "Ubi caritas"


Preparação para Páscoa "Victimae Paschali Laudes"

Hoje inicia o Tríduo Pascal, mas antes de comentar sobre o Tríduo vamos fazer uma reflexão para preparação para à Páscoa.

Padre Paulo Ricardo faz uma reflexão profunda sobre o Mistério Pascal, sobre a postura que cada um deve adotar perante esse momento que o próprio Deus reservou para a nossa conversão. Assista, coloque em prática e compartilhe com seus amigos.


E não deixe de ouvir a belíssima sequência, Victimae Paschali Laudes(À Vítima Pascal) 

quarta-feira, 13 de março de 2013

Oremus pro Pontifice nostro Francisco

Oremus pro Pontifice nostro Francisco.
(Oremos pelo nosso Pontífice Francisco)

℟. Dominus conservet eum, et vivificet eum, et beatum faciat eum in terra, et non tradat eum in animam inimicorum eius.
(O Senhor o conserve, e o vivifique, e o faça feliz na terra, e não o abandone à perversidade dos seus inimigos)
 
Foto: Oremus pro Pontifice nostro Francisco.
(Oremos pelo nosso Pontífice Francisco)

 ℟. Dominus conservet eum, et vivificet eum, et beatum faciat eum in terra, et non tradat eum in animam inimicorum eius.
(O Senhor o conserve, e o vivifique, e o faça feliz na terra, e não o abandone à perversidade dos seus inimigos)
 

Dom Jorge Mario Bergoglio (Papa Francisco I)

Filho de italianos, o argentino Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, passou a maior parte de sua vida pastoral em seu país natal. É formado em farmácia e ensinou literatura, filosofia, psicologia e teologia antes de se tornar arcebispo de Bue...nos Aires em 1998. Tornou-se cardeal em 2001, quando o país vivia o caos na economia.

Com a ação concentrada na promoção social, Bergoglio também se focou nos esforços para restabelecer a reputação de uma Igreja que perdeu muitos fiéis na ditadura.

Na época, os religiosos sofriam críticas por não desafiarem abertamente um regime que matou e torturou milhares de argentinos.

Tornou-se uma voz respeitada, mas que não encontrou muita ressonância nos governos do casal Kirchner. A Argentina se tornou o primeiro país latino-americano a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Bergoglio foi duramente criticado por Cristina Kirchner quando disse que crianças adotadas por casais gays eram discriminadas. A presidente comparou os discurso dele aos dos tempos medievais e da inquisição.

Humilde, vive sem ostentação, cozinha as próprias refeições e usa o transporte público. Rumo ao Vaticano, Bergoglio agora vai sofrer a mais radical das mudanças e terá que adaptar seu jeito simples de ser à pompa e formalidade que cercam o chefe da Igreja.
Ver mais
 

Habemus Papam

 (Reprodução Internet / CorrielreTV)

Cenas de Roma

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Praça de São Pedro: Enquanto alguns (ao fundo) se protegem do intenso frio e da chuva de Roma, um penitente peregrino — descalço e vestindo um tecido grosseiro, parecido com sacos — reza pelo conclave. Foto: ANSA

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

O Papa que sempre renunciou!

Multiplicam-se as mensagens de apoio e afeto ao Santo Padre, o Papa Bento XVI, após o anúncio de sua renúncia, sobretudo por parte dos jovens. O Papa que foi calorosamente acolhido pela juventude no dia em que foi eleito como novo pontífice é agora mais uma vez aclamado pelo seu exemplo de fidelidade, amor e, principalmente, humildade.


Leia abaixo o emocionante artigo de um jovem de 23 anos sobre esse evento histórico para fé católica:

A verdadeira causa da renúncia do Papa.